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Céu de Brasília

Longa-metragem | Ficção | Comédia Dramática do Cotidiano | 90'

Roteiro e Direção | Denise Moraes

“Vistas de longe, as grandes cidades são um acúmulo de grandes edifícios, grandes populações e áreas. Para mim, isso não é real. O real é a cidade tal como ela é vista por seus habitantes. O verdadeiro retrato está nas frestas do chão e em torno dos menores pedaços da arquitetura, onde se faz a vida do dia a dia”.

Will Eisner

Aos 33 anos, Lúcio ainda vive à custa de sua mãe Sara, funcionária da “Secretaria da Cultura”, em uma quadra de Brasília. Após a morte repentina de sua mãe, Lúcio é obrigado a sair de seu casulo e encontrar um lugar para habitar. À deriva pela cidade, Lúcio confronta a cidade projetada com a Brasília real, ao mesmo tempo em que descobre um valioso legado deixado por sua mãe.

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Sobre
Apresentação

Céu de Brasília é uma comédia dramática do cotidiano que traz Brasília como lugar ficcional da trajetória de Lúcio, um homem acomodado e introspectivo que mora com sua mãe Sara na SQS 308, ao mesmo tempo em que propõe refletir sobre a cidade projetada pelo urbanista Lúcio Costa. Em um primeiro plano dramático, o filme apresenta o provisório e o pertencimento como temas dominantes da narrativa. Lúcio se encontra em um estado transitório entre a perda de seu casulo e um lugar próprio para habitar, enquanto sua instabilidade se revela em diversas instâncias: em seu desemprego, na perda da mãe, na falta de uma casa para morar e na ausência de vínculos com seu entorno. Em suas andanças, Lúcio traça uma cartografia afetiva da cidade, reivindicando um sentimento de pertencimento não apenas para si, mas para sujeitos tão esquecidos e marginalizados como ele.

A narrativa adota, também, uma visão crítica em relação a um governo que negligencia a valorização da arte e da cultura. O filme é ambientado em um momento de mudanças políticas em que o Ministério da Cultura foi reduzido à Secretaria e vem se desfazendo do patrimônio artístico do país. Sara, a mãe de Lúcio, é uma espécie de guardiã que luta para preservar as obras de arte abandonadas pelos atuais governantes. Com sua morte, Lúcio, seu amigo Oscar e a estagiária Darci vão empreender uma busca pelo destino dado às obras de arte preservadas por Sara.

Lúcio, Sara, Oscar e Darci são personagens fictícios que dialogam com personagens reais para lhes prestar homenagem: o poeta Nicolas Behr, o jornaleiro Lourival, a vendedora Tifany, a bailarina Gisele Santoro. Ao longo da trama, o enredo vai destacar, também, o trabalho de ONGs e coletivos da cidade como Jovem de Expressão, No setor e Cozinha Solidária. Nesse filme, ficção e documentário se entrelaçam para valorizar personagens periféricos de Brasília e propor novas perspectivas para se observar a cidade projetada.

Este projeto foi realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF

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